Conexão real

Acho que poderão concordar comigo…vivemos num mundo super hiper interconectado, porém a cada dia é mais comum, mais atual e padrão notarmos pessoas fora de si, desconectadas com elas e o mundo. É muito clara essa falta de conexão real, e verdadeira.

É tão comum isso, que notamos como as pessoas pegam “pesado” com elas mesmas, são demasiadamente críticas com elas e com os outros. Se acontece um dia ruim, se punem por não ter feito melhor; mais dias se passam, e há mais outros dias ruins, e continuam a se punir por não conseguirem reagir de outra forma e quando de alguma forma a situação passa ou se resolve, ainda são capazes de continuar se punindo por terem se punido. E esse cliclo não termina. Em resumo, isso as tornam escravas e miseráveis dos próprios pensamentos, dessa prisão de punição e julgamento destrutivo – nunca satisfeitas. Mas, a verdade, para a maioria desses casos, é que essas pessoas viciadas nesse ciclo destrutivo, não se importam de verdade com elas mesmas. E essa falta de cuidado pode se mostrar de diferentes formas: na forma de como elas se alimentam, cuidam e pensam sobre si, de como como elas se importam ou expressam (ou não expressam) quem são, em que carreira escolhem e como realmente se sentem, e tratam os outros todos os dias. E muito disso tudo está crucialmente ligado com o que está por dentro (no interior), pois elas justamente não conseguem ou ainda não aprenderam a se permitir a serem elas mesmas. Elas não aprenderam ainda a dar crédito à elas mesmas, a ter o verdadeiro e genuíno amor-próprio.

Acredito que devemos amar nós mesmos com amor-próprio genuíno, aquele que confere ser o amor de caráter integral: amando tanto seu próprio corpo, sua própria alma, como seu espírito. Saber amar a nós mesmos, em nossa TOTALIDADE!

Para mim, a chave master para esse amor integral… é saber reverenciar a vida. Sentir a gratidão profunda pela vida que você tem, e pela pessoa que você realmente é! Porém, mesmo isso sendo tão simples, por muitas vezes, é complicado ver essa postura na vida de muita gente, já que sempre há mais pessoas que aparentam estar em melhores condiçōes que você: ou por terem o carro mais moderno, a maior casa, mais “dim dim”, melhor emprego, ou por serem surpreendentes com suas mentes, ou até por aparecerem tão maravilhosas de corpo no Instagram ou Facebook, ou mesmo por terem os tão sonhados e incríveis relacionamentos que você tanto almeja…mas eu digo, sempre haverá alguém que possa estar em alguma ala melhor que você, mas como pior também!!! Por isso, a comparação nunca traz algo de bom: ou lhe leva para lado do seu alto ego, ou lhe derruba fazendo se sentir miserável, como se algo estivesse faltando. Mas, a real conexão vem de remover essas comparaçōes; eu quero
dizer, remover os outros da equação e passarmos a olhar verdadeiramente para nós mesmos. Ter a coragem de derrubar nossos estúpidos pensamentos, fazer novas escolhas/atitudes, deixando para trás velhos hábitos que não nos ajudam a amadurecer.

Se permitir a ter a profunda reverência, apreciação, entusiasmo por sua própria vida: esse é o segredo. Porque é justamente desse lugar que se inicia o verdadeiro amor-próprio, a sua verdadeira conexão.

Tendo isso como ponto de partida, tudo pode reverter-se e/ou multiplicar-se positivamente.

Ok, “great”, mas como fazemos isso de uma maneira que não nos tornemos egoístas, egocêntricos? Eu
sugiro que tente estas três coisas:

# 1: Tenha uma visão sobre si mesmo (e seja congruente com isso).
Sentimos uma profunda gratidão e senso de estima e conexão quando somos congruentes com o melhor de nós mesmos. Defina quem você quer ser e alinhe suas ações com essa visão. Saiba que a gente nunca irá ser pefeito, mas ser melhor a cada dia, alinhado com a visão que tem de si mesmo, faz avançarmos de forma progressiva, aumentando nosso sentimento de gratidão pela vida e conexão com nosso “eu”.

# 2: Dê crédito a si mesmo.
Às vezes, a maneira de nos amar mais é começar pequeno. Dê crédito a si mesmo pelos pequenos passos que você deu. As pessoas em geral tem a mania de serem muito críticas com elas mesmas. Já passei por esse “vale”. Lhe digo uma coisa, se você possui um coração cuidador, generoso, e continua fazer o bem para as pessoas, por favor, se dê o respectivo crédito! Se você tem uma paixão, um chamado, e ele ainda não se cumpriu ou mesmo não está se desenrolando como planejado, mas seu interior, seu “ser” queima ainda por ele, e ainda continua trabalhando diligentemente nele, por favor, dê crédito a si mesmo! Ou mesmo, se o caso for que alguém o distratou, ou pré-julgou erroneamente, seja na esfera profissional ou pessoal, e você continua fiel, dando seu melhor, seguindo sua vida: Por favor, se dê crédito!

Muitas vezes, um caminho de amar a si próprio, é reconhecer o extraordinário poder que nós temos e a força que temos em continuar acreditar que as coisas vão ficar melhores. Porque quando mantemos esse acreditar em si mesmo, com fé, em Deus, acreditando no universo, na vida, não sai machucado facilmente e se sair, volta muito mais forte porque essas pessoas que se dão o devido crédito sabem de fato se amar e sabem que momentos difíceis apenas são para serem lapidadas e para serem guiadas à um novo nível de relação de amor com elas mesmas e o mundo. E friso, não há atalho para isso. Se não aprender a se dar crédito, ninguém poderá dar por você. E aonde você for, lá você estará! Então, ame a si se dando o devido e merecido crédito!!

# 3: Repare nas suas escolhas, mesmo que pequenas.
Existem coisas que você faz, e há coisas que você escolhe não fazer, que fazem de você uma boa pessoa.
Tome conhecimento de ambos! Cito alguns exemplos:
Note se você não escolheu ser um idiota hoje quando todos foram com você por qual seja a razão; note quando você optou não gritar, quando você foi ofendido agressivamente; ou, note que você não desistiu, quando todas as cirscunstâncias lhe pressionavam para isso!
Isso, saiba enxergar as pequenas coisas que você faz ou escolhe não fazer para ser sua melhor pessoa. Não valorize apenas as grandes conquistas. As pequenas são tão importantes quanto. Porque é bom reconhecer o lado bom das pequenas coisas, dos detalhes em nossa vida; isso aumenta o amor por si mesmo. É, claro, que sempre vamos ter pontos/aspectos em nossa vida que não gostamos muito.

Algumas vezes, poderemos ser chefiados por pessoas que não são bons líderes, ou que não valorizam e trabalham as diferenças na sua equipe, penalizando ao invés de liderar; ou mesmos nos deparar com situaçōes, trabalhos massantes, mas essas circunstâncias apenas nos ajudam a nos lapidar para um novo e melhor patamar das nossas vidas. Não devemos esperar que a vida será tudo sempre “good good” de bom, perfeito. Não tem nada haver com perfeição, não é esse o obejtivo. O objetivo é estar profundamente conectado com o “eu verdadeiro”, cada vez mais acreditar e dar crédito a si mesmo, e cada dia, mais e mais, mostrar esse seu “eu” único, ao mundo.

Se começarmos por esses passos, vamos nos amar mais a cada dia, e fazer diferença qual seja o lugar e as circunstâncias. Por isso, comece logo: COMECE POR VOCÊ!